quarta-feira, 15 de outubro de 2008

SEXO NA ADOLESCÊNCIA



Transformações da Mente e do Corpo


A Adolescência, período de vida compreendido entre 10 e 20 anos, é uma fase bastante conturbada. Ocorrem transformações físicas e emocionais importantes, preparando a criança para assumir um novo papel perante a família e a sociedade. A criança desenvolve-se, amadurece e fica apta para usufruir sua sexualidade, firmando sua identidade sexual e buscando um par, já com a possibilidade de gerar filhos.

A fase onde há modificações no corpo chama-se de Puberdade. Ocorre a primeira menstruação nas meninas (menarca), as poluções masculinas (ejaculações espontâneas sem coito), o crescimento de pêlos no corpo, a mudança de voz nos rapazes, o amadurecimento da genitália, com aumento do tamanho do pénis e dos seios, entre outros.

Mas nem sempre esta fase vem acompanhada das transformações emocionais e sociais que são o marco da adolescência. Dependendo da cultura de cada povo, a adolescência pode chegar mais tarde, independente da criança estar já bem desenvolvida fisicamente. É o caso dos países ocidentais, como os Estados Unidos e a Inglaterra ou França. O processo de educação continuada e a grande soma de informações, por exemplo, acabam por retardar a necessidade, por parte dos jovens, da busca de uma vida separada de seus pais. Muitos ainda moram com a família depois dos 20 anos. Já em sociedades mais simples, como em algumas regiões do Brasil, da África ou da Ásia, a necessidade de força braçal, desde muito cedo, antecipa a entrada da criança na adolescência e nas responsabilidades que lhe são devidas.

O Adolescente e a sua Sexualidade

A jovem adolescente amadurece em média dois anos antes do rapaz. Busca fortificar sua feminilidade, prorrogar os encontros sexuais e seleccionar um parceiro adequado para poder ter sua primeira relação sexual, o que ocorre de forma gradativa. Vai experimentando seus limites progressivamente. Os rapazes buscam encontros sexuais com mais ansiedade, geralmente, persuadindo as garotas ao sexo com eles. Em nosso meio, há uma tendência do jovem em experimentar sensações sexuais com outros de sua idade, sem necessariamente buscar uma relação sexual propriamente dita. O termo que se usa actualmente é "ficar".

A perda da virgindade ainda é um marco importante para os jovens. É um rito de iniciação sexual, que pode ser vivenciado com orgulho ou com culpa excessiva, de acordo com a educação e tradição da família. Inicialmente, os jovens buscam apenas envolvimento sexual, testando suas novas capacidades e reacções frente a sensações antes desconhecidas. É a redescoberta do corpo. Só depois procuram o envolvimento afectivo complementar passando a conviver não apenas em bandos, mas também aos pares.

A masturbação faz parte da vida das pessoas desde a infância e, na adolescência, se intensifica com a redescoberta de sensações, tanto individualmente quanto em dupla ou em grupo.

Os jovens podem apresentar algum tipo de actividade homossexual nessa fase, como exposição dos genitais, masturbação recíproca e comparação dos seios e dos genitais em grupo (comparação do tamanho do pénis, por exemplo), actividades estas consideradas absolutamente normais. A fortificação dessas condutas, com o abuso sexual por parte de um adulto de mesmo sexo ou com alta ansiedade perante o sexo oposto, pode desenvolver uma orientação homossexual definitiva nos jovens.

Em tempos da super informação, com a internet, a globalização, a pouca censura nos meios de comunicação de massa, há um apelo sexual frequente e precoce, expondo os jovens a situações ainda não bem compreendidas por eles. Os adolescentes falam como adultos, querem se portar como tal e ter os privilégios da maturidade. No entanto, falta-lhes a experiência, a responsabilidade e o significado real de um envolvimento sexual. A gravidez de risco na adolescência, infelizmente, é um dos resultados desastrosos desta situação actual. A pouca informação qualificada e o precário respeito dos adultos perante as necessidades dos jovens são os verdadeiros responsáveis pelo falso e ilusório desenvolvimento do adolescente de hoje



Transmissão de vida

Sexualidade

A sexualidade humana é um fenómeno complexo, presente durante toda a vida do indivíduo e relacionado não só com a biologia do indivíduo como também com os seus sentimentos, afectos e mesmo com a cultura dos povos.

Transmissão da Vida

A reprodução permite a transmissão da vida e a manutenção da espécie.

Protata feminia

Durante muito tempo, a existência da próstata feminina foi negada pelos especialistas. Geralmente, ela era chamada de glândula de Skene, um “vestígio” da fase embrionária que não teria função significativa na vida adulta. Estudos recentes em nível internacional, porém, têm demonstrado que a próstata está presente e ativa no organismo das fêmeas, sofrendo a influência dos hormônios – secreções glandulares que regulam as funções orgânicas –, o que pode até mesmo, como ocorre no caso masculino, levar ao aparecimento do câncer e outras doenças.
Por meio da investigação das fêmeas de um roedor, o gerbilo-da-mongólia, um grupo de pesquisadores da UNESP demonstrou como a próstata é afetada pelas terapias de reposição hormonal (TRH). “Esses trabalhos são importantes porque a crescente prática da reposição hormonal entre mulheres não tem sido acompanhada de um conhecimento mais aprofundado das reações desse processo no organismo”, comenta o biólogo Sebastião Roberto Taboga, coordenador da equipe e professor do Departamento de Biologia do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da UNESP, campus de São José do Rio Preto.

Quando ainda estão na fase embrionária, machos e fêmeas possuem as mesmas características orgânicas. No entanto, a testosterona – um hormônio que se apresenta em níveis elevados no caso masculino – determina a diferenciação dos sexos. Em procedimentos clínicos de TRH, pode ser administrada a deidroepiandrosterona (DHEA), que no organismo se transforma em testosterona. A equipe tem demonstrado que a DHEA e outras substâncias causam um desequilíbrio na fisiologia da próstata feminina, provocando seu crescimento e até lesões pré-malignas e malignas – ou seja, cancerígenas. Segundo Taboga, diante desses efeitos, se houver uma predisposição genética, podem ocorrer tumores como os que são comuns entre os homens.

O biólogo explica que, embora não se saiba com exatidão qual é a função da próstata feminina, ela apresenta características de secreção protéica, ou seja, de produção e liberação de proteínas. “Durante a relação sexual, a glândula libera secreções conhecidas como ejaculação feminina, formadas pelo mesmo líquido presente no caso da próstata masculina”, esclarece.
O Grupo Biologia da Reprodução, que tem como objetivo pesquisar os órgãos reprodutores e glândulas anexas, inclui os docentes Rejane Maira Góes, do Ibilce, Sérgio Felisbino, do Instituto de Biociências, campus de Botucatu, e Hernandes Carvalho, da Unicamp. Suas investigações envolvem ferramentas que vão da microscopia eletrônica a programas de análise de imagens que permitem a reconstrução tridimensional da glândula – processo que conta com a colaboração do professor Luiz Henrique Monteiro Leal, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
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Da equipe também participam duas doutorandas do Ibilce: Fernanda Cristina Alcântara dos Santos e Ana Maria Galván Custódio. Em seu estudo, Ana Maria investiga os efeitos da reposição hormonal – em especial da DHEA – sobre a próstata da fêmea de gerbilo-da-mongólia. O trabalho já constatou que a próstata feminina começa a produzir secreções quando a masculina ainda está em formação. “Isso confirma como o amadurecimento sexual das fêmeas é anterior ao dos machos”, explica.

A pesquisa de Fernanda busca compreender os efeitos do estrógeno – o principal hormônio do organismo feminino – sobre a glândula prostática das fêmeas desses roedores. Embora os resultados sejam preliminares, a doutoranda já concluiu que o Tamoxifeno e o Letrozol, duas drogas usadas contra o câncer de mama, interferem no equilíbrio hormonal, alterando a fisiologia da próstata. “Esse resultado sugere que, ao receitar esses produtos, os médicos devem levar em conta seus possíveis efeitos sobre a próstata de suas pacientes”, comenta.